segunda-feira, 23 de março de 2009

Rafael Já viu o Radiohead

Eu vi o Radiohead e agora de frente para este computador posso escrever sobre as roupas que usavam, descrever o clima e dissertar sobre a umidade relativa do ar. Agora o significado daquela penúltima sexta-feira do mês de março do 2009° ano do nascimento de Cristo, não vou saber explicar.

Los Hermanos nos brindando em baixo e bom som na abertura da noite. Eles poderiam passar o show inteiro apresentando para o público versões acústicas, remix ou qualquer outra de Ana Júlia que ainda assim o jogo tava ganho. Não o fizeram e tornaram tudo mais delicioso. Kraftwerc entrou em seguida e me deixou completamente instigado. Ainda estou me perguntando se realmente precisaria de 4 caras pra fazer aquilo que eles cometeram no palco já que houve uma hora em que todos foram embora e 4 robôs continuaram lá em cima fazendo absolutamente a mesmíssima merda. Um cara na platéia discursava efusivo sobre a importância desses caras pra vertente da música eletrônica atual. Interpelei-o

- Você conhece mesmo eles? – puxei assunto.
- Lógico! A música eletrônica como você conhece hoje e até mesmo o que o Radiohead faz vem deles. E eles começaram tudo isso no final da década de 70.
- Então você sabe me dizer se os shows deles costumam ser longos?

Ao final daquilo tudo, eles foram saindo do palco um a um e eu aplaudi. Toda e qualquer manifestação de arte é justificável. E se um dia eu tiver a oportunidade de lhes dizer que meu fervor nos aplausos era pelo fim do show, não direi.

Dez horas daquela noite e o Radiohead vem ao palco. Aquela noite vai durar pra sempre.

terça-feira, 10 de março de 2009

Certas coisas

Não importa quanto tempo passe. Certas coisas nesta vida não irão mudar nunca. Se você for o Rambo, alguém sempre irá decidir te deixar pra tras. E isso se aplica a tudo.

terça-feira, 3 de março de 2009

Eu não sei ser legal.

Agora minha casa tem um novo cachorro e a parte ruim disso é que ele sabe tirar total proveito de ser um animal irracional. Só pratica imbecilidades. A parte boa disso eu não sei qual é, mas deve haver. Identificar a parte boa das coisas é um dom e eu possuo vários. Embora, todos completamente ocultos e nenhum seja esse.

No meu trabalho, além de ter que ser educado, tem uma outra coisa que me afeta terrivelmente. Tirar xérox ofende por completo meu bem estar. Por ser a única coisa que não consigo fazer sentado, sinto vontade de morrer várias vezes no meu dia. Aceite que a vontade de morrer é inversamente proporcional às chances de você realmente ir para a casa do caralho. Quanto maiores as chances de morrer você tiver, menos vontade de perecer você terá. Já aceitei e por hora, permaneço no anseio.

Toda vez que ouço musica me lembro de uma ex namorada. Como ouço musica o dia inteiro, passo o dia inteiro pensando nela. Contei a ela e ficou claro que mulheres nunca entendem nada mesmo. Agora ela acha que estou querendo fazer sexo com ela e decidiu que também quer fazer sexo comigo. A parte ruim disso é que eu gostaria de fazer sexo com grande parte das pessoas que conheço, mas não possuo intenção nenhuma de voltar a fazer com ela. Preciso medir as palavras. Eu não sei ser legal e definitivamente não tem parte boa nenhuma nisso.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

From Hell


A TV a cabo me transformou numa pessoa muito intolerável. Pra tudo nessa vida, dedico apenas dez segundos da minha completa atenção. E só gosto das coisas quando acompannho pelo início.

Praticando o desapego aos meus transtornos compulsivos, me dediquei a observar atentamente um programa que falava sobre um guia de sobrevivência à deriva num mar infestado de tubarões. O problema nisso tudo é que se estou à deriva num mar infestado de tubarões a última coisa que eu realmente gostaria de fazer é permanecer vivo. Mais sensato seria ensinar você a se matar entalado com o próprio punho. Ou qualquer outra coisa que te mande para o inferno imediatamente num estado indolor.

O narrador, disse que ao gritar embaixo d’água, você consegue afugentar o predador. Gritar nesse momento deve ser algo natural, então é compreensivel saber em qual lugar seria melhor fazê-lo. Quando ele argumentou dizendo que jogar papel picado ao seu redor afasta o tubarão, eu tentei imaginar quem estaria à deriva num mar infestado de tubarões com uma folha de papel em branco no bolso. Decepcionei-me demais. As coisas no geral me decepcionam completamente.

Não vai haver nada nesta vida que me faça completamente feliz, embora não exista um só dia em que eu não tente ser. E é lógico que com as maneiras mais bizarras e excêntricas eu me divirto bem mais. No quarto de um centro de baixo meretrício, famoso neste estado glorioso da Guanabara, ela não parava de rebolar. Eu tinha trinta minutos, então decidi que ela merecia seus dez segundos da minha completa atenção. Da noite com os amigos; o álcool, o cheiro daquele perfume barato, vou lembrar-me da nossa volta pra casa. E daquela mulher que não parava de me perguntar o que eu já tinha feito naquela madrugada. Sentou nua na beirada da cama e de pernas cruzadas acendeu um baseado. Fumamos juntos e mentalizando aquela cena eu tive a nítida sensação que se deus realmente existe, eu mereço mesmo ir pro Inferno.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Malandragem


Agora um brinde ao exemplo maior da espécie. Só subiu na cruz porque sabia que ia ressucitar. Malandro é malandro, mané é mané.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Msn

23:18) Naína: nerd
(23:18) Naína: fui no show do camelo
(23:20) Naína acabou de pedir a sua atenção.
(23:21) .:Rafael: q merda heim?
(23:21) Naína: aff..
(23:21) Naína: duvido que vc ache isso verdadeiramente
(23:21) .:Rafael: rs
(23:21) .:Rafael: o pior de tudo... é q eu acho mesmo ¬¬
(23:22) .:Rafael: mas nao espalha
(23:23) Naína: vc n gostou do cd novo nao?
(23:23) .:Rafael: uma merda
(23:24) Naína: ai
(23:24) Naína: vc tá chatinho hein
(23:24) .:Rafael: to soltando o cablo
(23:25) Naína: que dia é o radiohead?
(23:25) .:Rafael: sei q eh março
(23:26) .:Rafael: ja comprou?
(23:26) Naína: tá louco
(23:26) Naína: ve se eu pago caro p ir em show
(23:26) Naína: só vou de graça
(23:26) .:Rafael: ja comprei
(23:26) Naína: qnto?
(23:27) .:Rafael: 200

(23:28) A mensagem a seguir não pôde ser entregue a todos os destinatários: 200


(23:28) .:Rafael: 200
(23:34) Naína: se mata
(23:34) .:Rafael: depois d março
(23:35) .:Rafael está Offline

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Logradouro

A minha rua possui três postes de iluminação pública. Se, para cada um a distancia é de 50 metros, eu tenho 100 metros de vizinhos de cada lado da rua. O meu lado conta com pelo menos 65 metros de parentes. Mas vou encaixá-los na lacuna de vizinhos já que os vejo com regularidade indesejada. Para o bem ou para o mal. Na parte da frente, ao lado esquerdo, mora uma família evangélica detentora de um pequeno comércio varejista de inutilidades e guloseimas. Passaram os últimos 40 anos praticando a arte do viver mal em sociedade. Ano de 2002. Brasil campeão de futebol e eles nunca mais foram o mesmo. Para o bem. Por dois anos passei a acreditar que o futebol é uma coisa mesmo incrível e consegue unificar os povos em busca de um só sonho. Agora sei que o patriarca da família está mesmo é morrendo de algum tipo de câncer e resolveu ser um cara agradável. O que é um verdadeiro contra senso já que não faz sentido algum pedir desculpas a alguém se você sabe que já vai morrer.

Ao lado deles e de frente pra mim, moram vizinhos relativamente novos. Ainda não completaram uma década na casa embora a casa já deva ter umas 5 décadas. A matriarca da casa é surda e isso parcialmente explica os mais de 20 anos de matrimônio, já que o marido dela fala pra caralho. São duas filhas. Uma bem gostosa e que nunca mais vi e outra que vejo às vezes, mas nunca mais comi.

Ao lado deles moram uma senhora dona de um bar, o ex marido da senhora dona do bar, a filha deles dois, alguns cachorros e muitos ratos que atravessam a rua no meio da noite. Um dia minha avó foi dizer a ela sobre os ratos, mas como ela mora com seu ex-marido há mais tempo que eu caminho sobre a face ocidental da terra, não pareceu se importar. Quando eu era criança, gostava de ir com minha irmã brincar com a filha dela lá. Só pra poder ver o altar que ela tem nos fundos da casa, pros santos e outras divindades do candomblé. Um dia derrubei um índio, que derrubou a Maria Padilha, que derrubou um preto-velho e que trincou um vaso de barro. Desde então minha memória seletiva só me permite lembrar que nunca mais fui lá.

Ao lado deles é estranho. Funciona assim; um grande terreno com algumas casas onde existem mais mulheres do que homens, mais praticantes do que virgens, mais filhos do que pais, um gay e todos são parentes. Dali não comi quase ninguém.

Até ao final da rua, são mais três clãs de moradores e com nenhum deles tenho estreitamento de laços. Exceto as mulheres. Com quem me sinto incrivelmente mais tentado a socializar. Possuo algumas qualidades e dentre elas não existe nenhuma que se destaque muito pela dignidade ou integridade moral. Isso explica muitas coisas, me poupa de várias outras e me ajuda em quase nenhuma. Quase nenhuma.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Visitas

- Não se ofendam, mas eu estou completamente nu.



Se existe algo com que eu me sinta completamente bem, é constranger visitas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Endless Love

O maior problema do namoro é que sua namorada fatalmente irá te conhecer num momento em que você adora ir ao motel com ela porque ela ainda não é a sua namorada.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ateu

Eu não sou completamente ateu.
Às vezes acredito em deus e geralmente quando as coisas
definitivamente não dão certo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sobre

O meu ar condicionado sempre pára no verão.
Eu só queria um motivo que explicasse essa minha vida agridoce, mas se deus realmente existe, ele sempre me dá todos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Living la vida tosca

Tem um rato no meu quintal. Preto, grande e sagaz. Parece um cachorro. To pensando em comprar um rato branco e pôr aqui. Desde que o mundo é mundo os brancos ofendem o bem estar dos pretos. A minha cachorra morreu. De fato, teve sua morte facilitada e possivelmente agradeceria se soubesse agradecer. Completo um ano de vida a menos no próximo mês e vivo uma constante instabilidade emocional. E puramente opcional. Desculpe, é que tá calor demais pra ser feliz.

sábado, 9 de agosto de 2008

Se por Ventura for.

Do dia em que eu nasci, ate hoje, somam-se mais ou menos 23 anos. Eu levaria alguns minutos pra contar tudo oq se passou, mas apenas as partes sem dignidade alguma seriam completamente verdadeiras.

sábado, 19 de julho de 2008

Anyone Else but You

Quando estou atrasado, sempre cruzo com o trem no caminho. Percorro uma faixa de uns 20 metros em minha moto, lado a lado com o trem, mas invariavelmente ele chega primeiro a estação como invariavelmente eu também chego atrasado ao trabalho. O que faz do rapaz que me espera, invariavelmente muito infeliz. Se existe alguém que possa ser minimamente homossexual, esse alguém com certeza é ele.

Quando chego no horário fica implícito que não há tempo hábil pra que ele termine o serviço dele antes de abrirmos ao publico. Quando chego atrasado fica explicitamente nítido que não há tempo hábil para que ele termine o serviço dele e isso fatalmente corrói toda sua dignidade, já que temos que abrir pontualmente as 9 da manha e ele é invariavelmente obrigado a terminar o seu serviço ao lado dos clientes, envergonhando-o, já que ele ofende a classe dos auxiliares de serviços gerais renegando veementemente o seu posto.

Sendo assim, eu fico com remorso pelo horário que o submeto e ligo o rádio. E ele escolhe a trilha sonora. Invariavelmente com os cd’s de homossexualidades que ele baixa aleatoriamente na internet. A parte que me ofende nisso tudo é que ele é o tipo de pessoa minimamente homossexual que pula Vambora da Adriana Calcanhoto e repete Quem de Nós Dois da Ana Carolina. O que me deixa invariavelmente puto, conturbando assim o nosso ambiente de pouca harmonia, já que conviver com as diferenças nunca me foi uma virtude.

´Confesso que a falta desta virtude de fato, acaba desestabilizando meu rompante matrimonial. Um caso de amor atípico onde achei que se aprendesse a ri com ela ao invés dela, fatalmente teria metade dos nossos problemas despotencializados. Tal qual ela faz com meu intelecto, raciocínio rápido e desenvolvimento de argumentos. Porém seus seios fartos, pernas e boca, aliadas a minha flexibilidade moral e total ausência de pudor, me fazem absurdamente feliz de uma forma imoralmente inaceitavel. Porém amável. Ela diz que vota em branco, nunca ouviu Arctic Monkeys,mas o fato é que eu não vejo o que qualquer um pode ver, em qualquer pessoa, a não ser nela.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Existe apenas um fato mais agradável do que não fazer nada durante um dia inteiro. É saber que você terá um dia inteiro para fazer absolutamente nada. E é o que explica a felicidade implícita, contida muito mais na véspera da folga do que no dia da folga em si.

Eu possuo uma carga horária de trabalho de 8 horas diárias e um endereço comercial para constar nos autos da justiça. O que no dia do julgamento, perante a juíza, não querendo dizer nada, não querendo dizer nada, não vai dizer nada mesmo.

Por hora, eu estou tecnicamente posicionado em alguma coisa parecida com o purgatório. Uma imensa sala de espera com paredes pintadas de bege e tocando Wave do Tom Jobim. O que só serve mesmo pra aumentar a angustia. Ao invés do contrario. E esperando por um teologúmeno que me retire de lá sem nenhuma explicação sensata, ou uma explicação idiota como a do Cristianismo para retirar os velhos do Antigo Testamento que jaziam mofados no purgatório, já que tiveram a infelicidade de não serem contemporâneos de Jesus, tendo todos morrido sem aceitar alguém que nem havia nascido.

E nascimento por nascimento, tem o do meu filho, que todo mês entre os dias 15 e 22, ameaça vir. E por hora, só ameaça. E pensando bem, de todos os filhos que eu quase tive, houve um pelo qual me apaixonei. Ele não viria salvar ninguém. E nem tirar ninguém do purgatório. O nome dele era João e eu quase o tive com umas três mulheres. Agora eu quero uma menina e o nome dela será Alice.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Fragmento de Uma Vida pouco Válida.


Essa semana, além de sobreviver a vários períodos emocionantes do meu dia e descobrir que todos eles são absolutamente medíocres, acabei por assinar no final de uma folha, onde dizia em letras grandes e negrito: “indiciado”. Agora existem duas formas deu estar completamente fodido com as leis da República Federativa do Brasil. Uma delas é se eu for realmente condenado. E a outra é se eu viajar para fora do país e for considerado um foragido da justiça. Como em toda minha eu só fiz duas viagens internacionais, e em nenhuma delas eu estava acordado, a minha mãe só vai se preocupar em me levar broas e cigarros na Polinter, caso eu encontre uma juíza rancorosa e mal comida no dia do julgamento. Ou que entenda de legislação. O que vai tornar minha mãe, fatalmente uma pessoa pouco confiante.

Em toda minha vida houve duas ou três ocasiões em que eu estivesse realmente confiante. Uma, me lembro bem, me fodi completamente. E em outra foi quando disseram que o Radiohead viria. Bem, o Radiohead não veio. Talvez o Radiohead venha quando eu estiver preso e avaliando bem, deste modo, prefiro mesmo é que o avião da banda cai sobre o estádio do Morumbi, neste momento tão insólito. Então fico assim: Otimismo é para os fracos.

Agora eu tenho oficialmente um motivo para não fazer nenhum concurso público. Dirigir embriagado ou engravidar uma menina de 11 anos. Preciso repensar certos conceitos. Ser um criminoso é uma merda. Mas ser um criminoso não julgado é uma merda maior ainda, pelo sentimento irrestrito de repudio sádico que você acaba aplicando a si mesmo nesse meio tempo de paria da sociedade ou inocente injustiçado. E nessa vida plenamente ordinária, já tive ocasiões onde pude ser muitas coisas, embora em nenhuma delas lembro-me de ter sido viado ou inocente. No meio em que vivo, provavelmente eu não vá conseguir comer ninguém além das pessoas que já me relaciono sexualmente com esse papo de criminoso. Mas agora não custa tentar. Disso tudo não tenho nada a perder. A não ser de 6 meses a 2 anos.

domingo, 4 de maio de 2008

Completamente Indevido

A minha namorada é linda. Embora ao lado dela, eu inutilize 70% da minha inteligência, capacidade de raciocínio lógico e discernimento do imbecil, ainda assim ela me fascina. Durante toda minha vida eu não tive muitas mulheres, embora tenha tido as mesmas mulheres várias vezes. No final do ano passado, percebi que se contasse por alto, não me lembraria de todas as mulheres com quem fiz sexo. Se eu parar pra pensar e analisar detalhadamente, me lembro, mas assim por alto, não. E é extremamente compreensível afirmar que fiquei feliz nesse momento único de minha jornada ordinária.

Ao longo do ano passado, em que estive solteiro, de todas as mulheres com quem pequei contra a castidade, teve uma que foi indiscutivelmente a melhor. Todas as vezes que fazíamos sexo, sempre tive a clara impressão de que ela me fodia bem mais que eu fodia com ela. E isso era lindo. Ela gostava de apanhar e me pedia gritando que eu a batesse com força. Bater pode ser uma coisa legal, mas como eu nunca gostei de apanhar paramos de sair depois de vários confrontos e após ela ter dito que me amava. Nenhuma pessoa com bom senso pode amar alguém que bata na sua cara. Eu não argumentei isso com ela.

Passei algumas semanas saindo com uma mulher que já é mãe. Apesar dos seus 20 anos ela acabou me confessando que só tinha uma filha porque na verdade já havia abortado outras duas. Logicamente eu me assustei com toda essa fertilidade dela e desde então não me arrisquei mais. Hoje ela não fala mais comigo. Confesso que me lembro saudoso das noites que ela me proporcionou.

Houve uma mulher que reencontrei depois de anos e estava noiva. Foi tudo muito rápido. Da adição no MSN a subtração dos meus fluidos corporais foram duas semanas. E ela estava noiva. Ela dizia que sempre me amou e estava confusa com o reencontro. Eu gostei disso. Depois que fizemos sexo ela não falou mais nada e não saímos mais nenhuma vez. E eu gostei muito mais disso. Ela só queria mesmo era me dar e eu achei isso lindo. Senti que aquilo era a revolução chegando com 48 anos de atraso, mas era a revolução. Lindo.

Durante toda a sua vida você vai ter quatro ou cinco ocasiões pra ser realmente inesquecível na vida de alguém. Todas as outras ocasiões você só conseguirá mesmo é ser totalmente ordinário e indevido. Sendo assim, tenho por verdade, um ano praticado da arte suprema de ser ordinariamente indevido. E me desculpe se por ventura cruzei teu caminho. Eu sou completamente indevido.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Magrela

Possivelmente em toda minha vida, devo ter amado de fato umas 4 ou 5 pessoas e se isso não é ser feliz, ao menos me é pratico.

Ela fala "ingreja". Eu rio da cara dela e ela me chama de "indiota". E eu acho tudo isso um charme. Um metro e quase setenta de altura, que servem só pra desafiar a lógica de caber perfeitamente em meu peito. E coube.

Porque gostar de alguém é uma coisa extremamente ilógica. Você não precisa ser completamente imbecil pra se apaixonar por alguém e achar normal derrubar 90% de toda cura por alguém que você não sabe se será teu mau.

Namorar é um processo extremamente custioso. Embora, de início, totalmente indolor. De início.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

love!


No mundo em que vivo, existem dois tipos de mulher. As que eu decido amar e as que decidem me amar.

E descobrir as exceções dessa regra é uma coisa decididamente fantástica.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Carnaval


É carnaval e pelo menos no Rio de Janeiro, 90% da população do expurgável Estado da Guanabara, diz estar indo pra cidade de Cabo Frio. Outros 5% são de pessoas que dizem que vão, mas na verdade, vão para um sítio alugado em Xerém. O restante é composto pelos motoristas de ônibus, padeiros e eu. Aquela porcentagem insólita que não viaja no carnaval porque diz que vai ter que trabalhar ou só não tem dinheiro mesmo.

Se Deus quisesse castigar essa etnia controversa e malevolente, essa seria uma boa hora de lançar um meteorito sobre a cidade, da mesma forma que ele fez com Sodoma e Gomorra, já que todo Rio de Janeiro vai estar localizado num raio de 403Km2. Como a últma vez em que Deus agiu de forma politicamente incorreta foi quando fechou o Mar Vermelho em cima dos egípicios, as chances do Cabofolia ser um fracasso são remotas.

Enquanto toda a população do Rio de Janeiro estará tomando banho de balde, tendo em mente que o abastecimento de água do condado de Cabo Frio é afetado em todas as datas festivas pelo excesso de contingente, eu pretendo estar em minha casa fazendo sexo. Com qualquer pessoa que não possua excrupulos ou pudor, a exceção dos motoristas de ônibus e padeiros.

O problema em fazer sexo é a tolerância de 1 a 3 fodas que eu tenho para com cada parceira que eu arrumo. Não passo do quinto encontro devido a total falta de compromisso com a verdade e minha incapacidade de ser absolutmente claro das minhas intenções. Eu não sou um bom amante. Se você promete amor, dê amor.

Enquanto isso no Jornal Nacional...
“Previsão de chuva para os 4 dias de carnaval”

Pelo menos, água não vai faltar.